Como o lifelong learning pode impactar a sua empresa?

  O mundo está mudando e o mercado de trabalho também.

Texto: Potira Cunha
Ilustração: Gustavo Pedrosa
Capa
Para você, o aprendizado tem data para acabar? Concluir uma graduação ou pós-graduação significa encerrar seu ciclo de aprendizagem? Se você respondeu “sim” para essas perguntas, talvez seja importante repensar essas ideias.

 

 

O mundo está mudando e, consequentemente, o mercado de trabalho também. Nesse ambiente em constante transformação, pensar em educação associada apenas à escola e à educação formal acaba deixando de fazer sentido.

 

 

Grande parte da população brasileira passa, ao menos, dez anos na escola - se incluirmos a graduação, esse tempo é ainda maior! Ali, o aluno tem a oportunidade de absorver conhecimentos e maximizar potencialidades, muitas vezes, com o único objetivo de conquistar um emprego melhor, obter estabilidade financeira e ser bem-sucedido. Ao fim dessa trajetória, certos de que tudo já foi conquistado, muitos acabam por encerrar também seu ciclo de aprendizagem.

 

 

Mas no contexto em que estamos vivendo, uma expressão tem ganhado força e trazido um novo olhar sobre a aprendizagem: lifelong learning, ou seja, o aprendizado ao longo da vida.

 

 

A ideia do lifelong learning é promover um aprendizado contínuo, de forma flexível e diversa, que vai além da escola tradicional e permite que uma pessoa aprenda em qualquer tempo ou lugar, tornando-se assim um eterno aprendiz.

 

 

No Brasil, o lifelong learning ainda caminha a passos lentos, mas num mercado de trabalho altamente competitivo, somente ter vontade de trabalhar e conhecimentos técnicos não são mais suficientes. Agora, é preciso ir além e desenvolver novas habilidades e novos conhecimentos, o que só pode acontecer quando há disposição para o aprendizado contínuo.

 

 

O conceito de lifelong learning se baseia em quatro pilares: aprender a conhecer a cultura em geral e de forma ampla; aprender a fazer não só no âmbito profissional, mas estar preparado para enfrentar todo tipo de situação; aprender a conviver com o outro para lidar com as diferenças e interdependências de forma mais segura e tranquila; e aprender a ser para conseguir desenvolver competências da melhor forma possível, de acordo com seus valores, com autonomia e responsabilidade.

 

 

Ao assumir uma postura que valoriza o constante aprendizado, o lifelong learner, ou seja, o eterno aprendiz se torna uma pessoa mais preparada para um mundo em constante mudança, vê mais oportunidades abrindo-se à sua frente e, principalmente, consegue antecipar-se para acompanhar as transformações da contemporaneidade.

 

 

Investir em cursos de qualificação, que ampliem os conhecimentos adquiridos nas escolas tradicionais, estar atento às tendências de mercado, explorando seus potenciais e possíveis aplicações, entre outras atitudes podem ser alguns passos importantes para a jornada de conhecimento contínuo.

 

 

Apostar no conceito de lifelong learning é apostar em busca contínua e automotivada pela atualização de conhecimento. Empresas que contratam colaboradores que assumem esse tipo de postura, contam com profissionais mais preparados para enfrentar desafios, mais motivados e engajado em mudanças, prontos para desenvolver o pensamento estratégico diante de imprevistos e, certamente, capazes de obter mais e melhores resultados.

 

 

Mas é claro que as empresas também podem contribuir para o desenvolvimento de seus colaboradores, oferecendo treinamento, incentivando seu desenvolvimento pessoal e profissional, promovendo oficinas e estimulando a realização de cursos. Além disso, contratar aprendizes, recém-saídos do ensino médio, cheios de sonhos e ainda sedentos pelo saber e por aprender, como os jovens do PROA, pode ser outra boa forma de começar a trabalhar o conceito de lifelong learningdentro das corporações.